Como Assinar Documentos por Terceiros: Regras, Riscos e Boas Práticas

No ambiente corporativo e na vida pessoal, nem sempre a pessoa interessada pode firmar um contrato ou documento por si mesma. Surge então a dúvida: em quais cenários alguém pode assinar em nome de outra pessoa? Nesse contexto, o cuidado é ainda mais necessário, pois a linha entre permissivo e ilegal é tênue.

Quando é permitido assinar em nome de outros

A assinatura por representação só é legítima quando há uma autorização formal, e não basta um simples “pode assinar por mim”. Sem um instrumento oficial, tal conduta recai em falsidade ideológica, sujeita a punições civis e penais. O principal modelo para delegar poderes é a procuração, mas há outros formatos reconhecidos pela legislação.

  • Procuração pública ou particular: Documento, registrado em cartório ou particular, que concede poderes claros e restritos ao representante.
  • Representação de menores: Pais ou tutores têm respaldo legal para agir em nome de crianças ou incapazes.
  • Delegações empresariais: Sócios, administradores e prepostos podem, conforme previsto em contrato social ou regimento interno, representar a empresa.
  • Autorizações temporárias: Usadas para situações pontuais, geralmente com limites expressos de tempo, valor e finalidade.
  • Modelos internos das empresas: Os departamentos jurídicos desenvolvem minutas de delegações e autorizações, que detalham o alcance dos poderes, validade e responsabilidade do representante.

Jamais se deve assinar por outro sem respaldo documental.

Na era digital, essas autigações podem ser reforçadas por registros em plataformas, deixando claro, por exemplo, quem pode agir por quem dentro de uma equipe ou organização.

Pessoa segurando tablet com tela exibindo assinatura digital e campos de autorização por terceiros Documentos e assinaturas digitais: o que diz a legislação

A autenticidade de quem assina, especialmente em meios eletrônicos, depende não só do instrumento formal, mas de elementos como registro de logs, hora, local e níveis de autenticação. Segundo a Lei 14.063/2020, a validade de assinaturas eletrônicas está condicionada à forma como a identidade do signatário foi verificada, e à qualidade do registro do ato.

  • Documentação de representação legal: Procuração, delegação formal ou contrato social atualizado.
  • Rastreabilidade: Sistema precisa registrar quem assinou, quando, por quais meios e sob qual autorização.
  • Autenticação: Certificados digitais, login com autenticação forte, biometria facial ou reconhecimento de liveness aumentam a segurança.
  • Conformidade à LGPD: Dados pessoais e logs devem ser protegidos e tratados conforme a lei.

A confiança no processo aumenta com cada camada de controle. Plataformas sérias oferecem hash criptográfico, certificação digital, histórico completo e alertas automáticos, prevenindo equívocos e fraudes.

Exemplos práticos: quando a assinatura por terceiros é legal

  • Um gestor financeiro precisa assinar contratos enquanto o diretor viaja, só pode fazê-lo se houver delegação formal previamente lavrada.
  • Pais representando filhos em matrículas, autorizações e contratos escolares.
  • Empresas estruturam fluxos de aprovação em que cada colaborador pode assinar apenas dentro de limites determinados pelo departamento jurídico.
  • Advogados munidos de procuração específica para proceder em nome de clientes em processos judiciais.

Nessas situações, a documentação clara e facilmente acessível é quase tão valiosa quanto a própria assinatura. A rastreabilidade, especialmente em fluxos digitais, torna simples identificar onde algo pode ter fugido do controle.

Riscos e consequências do uso indevido

Assinar por terceiros sem autorização pode sair caro, e não só em dinheiro.

  • Nulidade do documento: Atos sem respaldo podem ser anulados, gerando retrabalho e insegurança jurídica.
  • Fraude e falsidade ideológica: O ato pode ser enquadrado como crime, gerando ações cíveis e penais.
  • Prejuízos para empresas e gestores: Danos à imagem, sanções administrativas e até problemas fiscais e trabalhistas.
  • Atrasos e litígios: Um contrato assinado de maneira inadequada pode travar operações, gerar desconfiança e resultar em processos demorados.
  • Perda de força legal: Se não houver rastreabilidade, fica difícil provar quem assinou o quê e quando, reduzindo o peso do documento em eventuais disputas judiciais.

A magnitude da consequência depende também do tipo de documento. Contratos empresariais, públicos ou financeiros são especialmente sensíveis, qualquer brecha repercute mais forte.

A importância da formalização: procurações e delegações

Formalizar o mandato é indispensável. A procuração deve ser clara, definir poderes, tempo de validade e limitações. Quando feita em cartório, a força jurídica é ainda maior. Já nas empresas, modelos padronizados e políticas internas trazem transparência e controle, muitas vezes integrados a sistemas de gestão.

Hoje, delegações podem ser realizadas diretamente em plataformas digitais: o gestor define quem pode assinar em eventos ou tipos de contrato específicos. Essa clareza fortalece a governança e evita mal-entendidos. Algumas ferramentas vão além, permitindo definir funções e poderes de cada usuário, facilitando auditorias e assembleias.

Tela de plataforma digital mostrando verificação de identidade e registro de logs Rastreabilidade, autoria e integridade

A capacidade de provar quem realizou cada ação sobre um documento é central. Sistemas seguros mostram:

  • Quem solicitou e autorizou cada assinatura
  • A localização e o dispositivo usados
  • Tipo de assinatura empregada (digital, eletrônica etc.)
  • Logs detalhados de data, hora e alterações

Essa rastreabilidade reforça a validade legal, facilita auditorias e integrações com sistemas ERPs ou CRMs, reduzindo riscos para a organização. A ausência disso fragiliza o documento e pode ser decisiva em litígios.

Como escolher soluções seguras

Ao buscar por plataformas para assinar em nome de terceiros, verifique:

  • Certificação em segurança da informação, como ISO 27001
  • Recursos de rastreamento e auditoria de ações
  • Integração para delegação de poderes e perfis
  • Autenticação multifator e biometria facial
  • Notificações automáticas para pendências e prazos
  • Planos adaptáveis à sua estrutura e suporte à digitalização

Ferramentas modernas também investem em funcionalidades de delegação formal, controle de acessos, rastreamento detalhado e auditoria completa. Recursos com IA aplicada ao jurídico surgem como diferencial para geração automática de documentos, cruzamento de dados e suporte especializado.

Integrar a assinatura eletrônica ao fluxo de contratos garante que as autorizações fiquem documentadas e sejam facilmente auditáveis. A digitalização não é só tendência: é resposta a uma demanda crescente por segurança e velocidade, tanto para empresas quanto para profissionais autônomos.

Se quiser saber mais sobre a validade dos documentos digitais e mitos comuns sobre assinatura eletrônica, confira estes conteúdos: tudo sobre validade jurídica, mitos e verdades e como fazer assinatura digital. Para empresas, há ainda reflexões sobre importância dos processos digitais.

Conclusão

A prática de assinar documentos por terceiros é tão útil quanto arriscada. O segredo está na formalidade: nunca faça sem respaldo jurídico, delegação clara e rastreabilidade. Ferramentas digitais surgem para apoiar, mas só funcionam quando combinadas a boas práticas, transparência e respeito à legislação. Não há atalhos seguros: cada assinatura precisa contar a história de quem, quando, como e por quê.

Perguntas frequentes sobre assinatura de documentos por terceiros

O que significa assinar por terceiros?

Trata-se do ato de uma pessoa firmar um documento legal em nome de outra, com base em autorização formal, como procuração ou delegação. Essa representação é válida apenas quando respaldada por documento específico, respeitando os limites impostos pelo outorgante.

Quais os riscos de assinar documentos para outros?

Assinar sem autorização pode resultar em nulidade do documento, acusações de fraude, processos cíveis e penais, danos à reputação e prejuízos empresariais. Quando há irregularidade, há risco de sanções administrativas, fiscais e trabalhistas, além de abalo na confiança entre as partes.

Como autorizar alguém a assinar em meu nome?

A autorização acontece via procuração pública ou particular, ou pelas delegações internas da empresa. O documento deve detalhar poderes, limites, prazo de validade e, preferencialmente, ser registrado para comprovação futura. Hoje, plataformas digitais permitem delegação com rastreabilidade e limitação dos poderes concedidos.

É confiável deixar terceiros assinarem meus documentos?

Desde que haja uma autorização formal, rastreabilidade e bons sistemas de autenticação, é possível sim garantir segurança. O ideal é limitar poderes e monitorar todas as ações, contando com plataformas robustas e auditáveis.

Quais documentos precisam de procuração para assinatura?

Vários documentos exigem procuração, entre eles contratos de compra e venda, atos que envolvem valores altos, documentos bancários, petições judiciais e registros de imóveis. Consultar a área jurídica é sempre indicado, pois a exigência pode variar conforme o tipo de documento e o valor envolvido.

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