Com a implementação do diploma digital, a digitalização de processos fica ainda mais evidente no setor da Educação.
Essa transformação já é realidade em diversas empresas dos mais variados segmentos, mas nas instituições de ensino isso veio com ainda mais força, principalmente por causa da pandemia do Covid-19.
Em um piscar de olhos, vimos as salas de aula ficarem vazias e o ensino à distância ser a única solução. Por isso, os avanços tecnológicos são tão importantes nesse momento de crise; a tecnologia é nossa aliada para otimizar processos, trazer mais segurança e facilitar burocracias.
Até janeiro de 2022, as instituições de ensino superior no Brasil deverão, obrigatoriamente, emitir o diploma digital. Essa determinação é do Ministério da Educação (MEC), e tem como objetivo tornar a emissão de diplomas um processo mais rápido, prático e seguro, tanto para os estudantes quanto para a própria universidade.
Neste artigo, você vai ver estes temas:
- O que é diploma digital?
- Quais as vantagens?
- O diploma digital é seguro?
O que é diploma digital?
O diploma digital de curso superior de graduação, diferente do diploma convencional (físico), é o diploma criado, emitido e armazenado em ambiente digital. Portanto, é um arquivo nato-digital. A utilização deste documento promove a modernização das documentações do meio acadêmico que, com o auxílio da tecnologia, deixa todo esse processo mais rápido, prático, seguro, transparente, confiável e econômico, já que elimina etapas que demandam tempo e dinheiro. Além disso, é importante dizer que este documento é um XML com assinatura digital e carimbo de tempo ICP-Brasil.
Clicando aqui você pode ler mais sobre a normatização e as Portarias que regem o diploma digital.
Confira, no próximo tópico, quais são as vantagens deste documento.
Quais são as vantagens?
Assim como toda inovação tecnológica, o diploma digital possui diversas vantagens para os alunos e, também, para a universidade. Este documento eletrônico permite a desburocratização do processo de geração e emissão do diploma e, em consequência, a economia de tempo e custo do serviço.
Listamos abaixo as principais vantagens deste documento:
- Econômico: o documento digital possibilita mais economia de tempo e dinheiro. A economia de tempo, por exemplo, é no sentido da coleta de dados e assinaturas. Já a economia de dinheiro se dá pela impressão do documento físico e deslocamento dos estudantes até as instituições, para terem o diploma impresso em mãos. Com o diploma digital, isso tudo não acontece mais, pois é um documento 100% virtual. No projeto-piloto, feito na Universidade Federal de Santa Catarina, concluiu-se que o diploma físico custa R$390,26 e a versão digital, R$85,15! Muito mais acessível.
- Sustentável: a economia de papel é evidente aqui, já que o diploma é um documento exclusivamente digital e não mais impresso. Por isso, a versão digital é considerada sustentável.
- Mais agilidade: Segundo dados do Ministério da Educação, o diploma físico leva cerca de 90 dias para chegar às mãos dos estudantes formados. Agora, com a implementação do diploma digital, levará menos de 15 dias. Acessível: o novo formato do diploma permitirá acesso ilimitado, seja pelo celular ou computador. O diploma digital estará disponível no site da instituição de ensino superior.
- Seguro: a segurança e a validade jurídica dos diplomas digitais são garantidas pela assinatura do documento com certificado digital e o uso do carimbo do tempo, ambos no padrão da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).
Leia também: Tecnologia na educação: como as assinaturas digitais podem otimizar processos?
O diploma digital é seguro?
Para introduzir este tópico, deixamos aqui uma frase do secretário de Educação Superior do MEC, Arnaldo Lima. “O documento mais aclamado do mundo acadêmico ainda é em formato físico. A versão digital visa a garantir simplificação para um processo que hoje é muito moroso. E, acima de tudo, segurança”, disse.
Sim, o diploma na versão digital é seguro e é válido juridicamente. Na verdade, pode-se dizer que esse documento é até mais seguro do que o diploma físico que já conhecemos, uma vez que a assinatura deste arquivo é feita com certificação digital e carimbo de tempo, conforme as normas pré-estabelecidas na ICP-Brasil.
Um detalhe muito importante que precisamos enfatizar é que um documento assinado digitalmente e posteriormente impresso não consegue manter sua validade jurídica, pois a certificação e assinatura digital foi desenvolvida única e exclusivamente para o meio eletrônico. Um documento que é assinado digitalmente possui uma série de dados criptográficos e, por isso, necessita de softwares e sistemas que possam ler e compreender esses dados.
O papel, ou seja, o documento impresso, não consegue guardar essa criptografia, que garante a autenticidade e integridade da certificação digital. Ao imprimir um diploma digital, por exemplo, os métodos de segurança deixam de existir e este passa a ser apenas uma cópia, não assinada e sem validade jurídica.
Porém, o MEC permite que os estudantes tenham uma cópia impressa com as mesmas características do diploma físico, chamado de Representação Visual Diploma Digital – RVDD. Saiba mais sobre o RVDD aqui.
Dica extra: o que é carimbo de tempo?
O carimbo de tempo é um documento eletrônico emitido por uma Autoridade Certificadora do Tempo (ACT), que serve para atestar que uma informação digital existia naquela determinada hora e data. Para saber mais, clique aqui.
Leia também: Assinatura digital e matrículas escolares: o que têm a ver?
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